O trabalho em altura é uma atuação de alto risco para os trabalhadores. Normalmente, envolve o uso de andaimes, escadas e guinchos. E quando os equipamentos de proteção individual não são usados de maneira adequada, qualquer acidente pode causar lesões, fraturas ou até mesmo uma fatalidade.
Essas atividades são reconhecidas como as mais perigosas no setor da construção civil, manutenção e instalação. Entre inúmeros perigos, os trabalhos em altura expõem os trabalhadores ao risco de quedas ou de serem atingidos por objetos que podem cair de uma altura considerável.
Neste post, vamos apresentar 11 EPI’s necessários para os profissionais que trabalham em alturas, e quais as consequências de não investir em equipamentos de proteção individual. Acompanhe!
Quais equipamentos para trabalhos em altura devem ser usados?
Os padrões de trabalhos em altura exigem que as empresas cumpram regras de segurança estritas. Isso porque, qualquer deslize pode gerar ferimentos ou acidentes fatais. Por isso, é preciso assegurar que todos na equipe usem equipamentos de segurança adequadamente. Conheça os EPI’s necessários para desempenhar essa função:
1. Ancoragem
O sistema de ancoragem é uma estrutura fixa em que cabos, cordas, cintos de segurança e conectores ficarão ligados. É importante realizar uma boa avaliação para definir o melhor ponto de ancoragem visto que, em caso de falha em alguns dos equipamentos, esse sistema é responsável por sustentar o trabalhador.
2. Cinto de segurança
O cinto de segurança é um componente crucial dos sistemas de travamento. Este EPI desempenha a função essencial de manter o trabalhador suspenso na posição vertical em caso de queda. Além disso, o cinto também é fundamental para apoiá-lo enquanto aguarda o resgate.
O uso de cinto de segurança de corpo inteiro não é utilizado com frequência, uma vez que as forças de queda se concentram na região do abdômen. Por outro lado, um arnês distribui melhor essas forças por todo o corpo, minimizando suas lesões.
3. Conectores
Os conectores são ganchos, mosquetão e argolas, usados para conectar aos talabartes e trava-quedas, equipamentos que você pode conhecer ao longo deste post. Os conectores podem ser encontrados na forma de trava manual ou automática, ambas sendo eficientes em diversos tipos de serviços em alturas.
4. Cordas de segurança
As cordas para trabalho em altura são itens importantes para a proteção individual dos trabalhadores que atuam nessas condições. No mercado, existem inúmeras variedades delas, as cordas de fibra sintética, kernmantle, semi-estática e dinâmica, em que cada uma delas conta com uma função específica. Além da proteção contra quedas, elas também servem como meios de acesso, movimentação e mobilidade.
5. Absorvedor de energia
Como o nome já diz, este equipamento tem o papel de minimizar a força refletida no sistema de ancoragem e nas próprias cordas de segurança. Com um excelente sistema de tensionamento, o absorvedor de energia permite que todos os componentes do dispositivo não sejam sobrecarregados. Isso proporciona ainda mais segurança aos trabalhadores.
6. Trava-quedas
Os trava-quedas são mecanismos fundamentais para garantir a segurança dos usuários. São desenvolvidos para serem usados em cabos de aço ou cordas de segurança. Ao sofrer qualquer impacto, seu efeito de travamento é imediato, impedindo que o profissional se movimente ou, como o próprio nome diz, sofra uma queda.
7. Talabarte
O talabarte é um recurso indispensável no trabalho em altura, pois garante a proteção contra quedas e evita que o trabalhador se mantenha em um posicionamento inadequado. Os modelos usados podem variar, considerando se o objetivo for reter uma queda pessoal ou restringir o deslocamento e o posicionamento durante o serviço.
Por exemplo, para a retenção de quedas, geralmente um talabarte amortecedor de choque ou uma linha de vida autorretrátil é ideal para reduzir a força transmitida do trabalhador quando há uma queda. Enquanto o talabarte com a função de reduzir a entrada em uma zona de risco de queda é um excelente conector de restrição de deslocamento e posicionamento.
8. Luvas de segurança
Nos trabalhos em alturas, as luvas são usadas para praticamente todas as atividades, visto que o profissional está constantemente usando suas mãos para auxiliar na movimentação e no deslocamento. Por isso, esse EPI protege contra possíveis ferimentos que podem ser causados devido ao frequente contato que essa parte do corpo tem com cordas, cabos de aço, conectores, etc.
9. Polias
As polias são outros equipamentos que não devem ser deixados de lado, principalmente na construção civil. Fabricadas em aço inox ou em alumínio, elas são essenciais para diminuir o esforço humano empregado na hora de movimentar verticalmente qualquer objeto pesado.
10. Botinas de segurança
Se escorregar em um ambiente térreo já é perigoso, imagina escorregar e cair de uma altura considerável, não é mesmo? Nesse caso, existe todo um aparato que você pode ver ao longo desse artigo. No entanto, ficar preso no ar pelos EPIs não é o tipo de coisa que você espera no trabalho. Por isso, impedir que o mínimo de acidente aconteça é fundamental para a saúde e para a produtividade do trabalhador.
11. Capacete com jugular
Diferentemente dos equipamentos de proteção individual de maneira geral, os capacetes para trabalhos em altura exigem seu uso com jugular. Além de proteger contra possíveis impactos e choques elétricos, esse recurso mantém o capacete bem fixo na cabeça do trabalhador, evitando que caia após qualquer movimento mais brusco.
Quais as consequências de não investir em EPIs para trabalho em altura?
Acidentes de trabalho causados por negligência da empresa em não fornecer um kit de EPI adequado podem resultar em processo civil e criminal por omissão. Durante uma fiscalização, caso o funcionário não esteja usando seus equipamentos de proteção individual, a empresa deverá arcar com uma multa. Seu valor depende do risco que o trabalhador corre e da quantidade de profissionais que exercem sua função de maneira irregular.
Para evitar que ocorram acidentes com colaboradores sem EPI’s obrigatórios, é importante contar com a ajuda de um técnico de segurança do trabalho habilitado. Este profissional poderá indicar quais são os equipamentos adequados para os trabalhos em altura. Isso evita que a empresa invista em recursos ineficazes, os quais podem colocar a integridade física dos seus funcionários em risco.
Agora que você entendeu um pouco mais sobre EPI para trabalhos em altura, continue a visita no nosso blog, leia agora mesmo o texto “Guia do EPI: tudo sobre equipamentos de proteção individual” e aprofunde-se ainda mais no assunto!